Plano de Manutenção Preventiva de Blocos recebe luz verde da ANPG

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) deu sinal verde para a execução do plano de trabalho e orçamento das concessões petrolíferas. Este plano abarca diversas campanhas de manutenção preventiva de equipamentos, com especial enfoque nas tarefas que serão realizadas em várias plataformas petrolíferas.

O esquema aprovado pela ANPG engloba trabalhos que serão realizados nas plataformas “GS – Hotel e o complexo Fox Takula”, ambos localizados no Bloco Zero, na plataforma “BBLT”, situada no Bloco 14, e no FPSO Dália (uma embarcação-plataforma capaz de produzir, armazenar e transferir petróleo e gás natural), localizada no Bloco 17.

Um vídeo divulgado pela instituição, ao qual a ANGOP teve acesso, sublinha a importância da manutenção preventiva para assegurar a segurança no trabalho, a operacionalidade dos equipamentos, a integridade das infraestruturas e a eficiência operacional das instalações de produção – tudo com o objetivo de alcançar a meta de produção.

Para o ano corrente, 2023, a ANPG e as operadoras estão empenhadas em garantir a média de produção de petróleo estimada em 1 100 000 barris por dia e de 118 458 barris/dia de petróleo equivalente de gás natural liquefeito e líquidos de gás natural da fábrica LNG.

Com estes objetivos, espera-se alcançar uma eficiência operacional de aproximadamente 90% nas instalações.

Início da produção no Malongo

De acordo com a ANPG, para o presente ano, 2023, está também previsto o início da produção do projeto Malongo, a Oeste do Bloco Zero, e do projeto Clov fase II, no Bloco 17.

Com a entrada em produção deste projeto, será feita a perfuração de 55 novos poços e serão realizadas intervenções em 33 poços, com 11 unidades de perfuração em várias concessões em produção.

A gestão contínua dos reservatórios, sobretudo aqueles com alta produção de água e gás, também faz parte dos objetivos de produção planeados.

Angola possui 16 concessões

A produção de petróleo de Angola provém de 16 concessões petrolíferas, com 13 situadas na zona marítima offshore e três na zona terrestre onshore.

Em 2022, a produção total de petróleo foi de 414 899 448 barris, o que equivale a 1 136,712 barris por dia, de um total de 1 147 908 previstos. A eficiência operacional das instalações ficou em 91,58%, conforme o esperado.

No mesmo período, a produção média anual de gás natural liquefeito e líquidos de gás natural da fábrica LNG foi de 106 400 barris/dia de petróleo equivalente de gás natural liquefeito.

A ANPG e os seus parceiros reiteram o compromisso com a eficiência operacional e a segurança dos seus colaboradores e instalações.

Restrições de preços do petróleo russo moderam rendimentos

A restrição dos preços do petróleo russo, imposta há oito meses pelos países ocidentais como parte das sanções devido à guerra na Ucrânia, conseguiu atenuar os lucros petrolíferos de Moscou, embora a eficácia total desta medida ainda esteja em análise, de acordo com diversos analistas.

“As receitas petrolíferas da Rússia estão quase 50% abaixo do que estavam há um ano”, informou uma fonte governamental dos Estados Unidos na terça-feira.

Para avaliar o sucesso desta política, é necessário analisar “se a receita total da Rússia é ou não afetada em comparação com um mercado sem restrições”, acrescentou a fonte.

O mecanismo, que entrou em vigor em dezembro de 2022 e foi elaborado pelos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido), estipula que apenas o petróleo vendido a um preço igual ou inferior a 60 dólares por barril pode continuar a ser distribuído.

Além do preço, empresas sediadas na União Europeia, nos países do G7 e na Austrália estão impedidas de fornecer serviços que permitam o transporte marítimo (comércio, carga, seguros, etc) de petróleo russo.

A estratégia consiste em limitar os rendimentos petrolíferos da Rússia, mantendo simultaneamente um incentivo económico suficiente para que o país continue a vender o seu petróleo a um preço reduzido, em vez de retirar os seus barris do mercado, o que provocaria um aumento dos preços. “O teto de preços do G7 conseguiu o que se propôs: limitar os rendimentos da Rússia, mantendo o petróleo no mercado”, disse Matthew Holland, analista da Energy Aspects, à AFP.

Descontos significativos

Antes da guerra, a receita proveniente do petróleo representava quase um terço do orçamento do país, contra 25% em 2023, ressaltou Eric Van Nostrand, subsecretário interino de Política Económica dos Estados Unidos.

Paralelamente, os volumes de exportação russos mantêm-se “surpreendentemente estáveis”, aponta Helge André Martinsen, analista do DNB.

Para estimular os compradores a não renunciarem ao petróleo russo, Moscovo está a oferecer “contratos de fornecimento de petróleo a longo prazo com descontos significativos, na ordem dos 30% abaixo do preço do Brent, a compradores do Sudeste Asiático e da Índia”, informou a fonte do Governo americano na terça-feira.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Skip to content