Ajustes no Setor Econômico Executivo de Angola
Recentemente, o setor econômico executivo de Angola passou por ajustes significativos. O Ministério da Economia e Planeamento (MEP) foi renomeado para Ministério do Planeamento e agora incorpora a secretaria de Estado do Investimento Público, anteriormente parte do Ministério das Finanças.
Com essas mudanças, o Ministro das Finanças passa a contar com o apoio de dois secretários de Estado, um para o Orçamento e outro para as Finanças e Tesouro. Similarmente, o Ministro do Planeamento também será auxiliado por dois secretários de Estado, responsáveis pelo Planeamento e pelo Investimento Público.
No Ministério da Indústria e Comércio, houve a introdução de dois secretários de Estado, um para a Indústria e outro para o Comércio e Serviços. Esta reestruturação visa aumentar a eficiência e eficácia dos departamentos ministeriais, evitando a sobreposição de tarefas.
Comentando a alteração, o economista António Estote argumenta que a discussão deve focar nas necessidades dos serviços e bens que o Estado deve fornecer. Segundo ele, a organização depende dos processos necessários para atender essas necessidades.
Alcides Gomes, economista e produtor agrícola, sugere que a eficiência do Executivo não depende apenas do organograma, mas também da dedicação e prática dos funcionários públicos, enfatizando a necessidade de melhorar o ambiente de negócios e a qualidade da despesa pública.
Augusto Fernandes, da “Academia PoupaInvest”, acredita que os Ministérios da Indústria e Comércio e do Planeamento deveriam ter três secretários de Estado cada, assim como os Ministérios da Defesa e Veteranos da Pátria e das Relações Exteriores. Ele argumenta que a nova estrutura ainda não atende completamente às necessidades de desenvolvimento econômico do país e destaca a importância de considerar aspectos psicológicos, sociológicos e antropológicos nas políticas públicas.
Fernandes também especula que, com as mudanças, os Ministros do Comércio, Indústria e Serviços, e do Planeamento têm grandes chances de permanecer em seus cargos, enquanto os Secretários de Estado podem enfrentar mudanças, principalmente no Ministério das Finanças.