Câmara Africana de Energia destaca os sucessos de Angola
Angola possui uma experiência considerável em seu histórico, ao contrário de países recém-chegados ao setor de petróleo e gás, como Uganda, Moçambique e Namíbia, que estão promissores no cenário africano.
De acordo com a Câmara Africana de Energia, em um artigo publicado pela APO Group da África do Sul, isso significa que os atuais sucessos de Angola não podem ser considerados uma surpresa.
“Ao longo das últimas três décadas, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás tem trabalhado arduamente para posicionar Angola como o principal destino de investimentos de grande escala no setor de petróleo e gás. Esse esforço resultou no país se tornando o maior produtor de petróleo da África Subsaariana.”
Atualmente, o país produz 1,2 bilhões de barris de petróleo e cerca de 17,9 bilhões de pés cúbicos de gás natural por dia. A empresa petrolífera nacional, Sonangol, existe desde 1976 e emprega 12.000 pessoas.
“No entanto, Angola não se contenta em descansar sobre os louros. O governo é tão determinado em manter seu status de maior produtor quanto foi em alcançar esse objetivo. Diversificação, desenvolvimento de infraestrutura e melhorias na política fiscal são instrumentos que Angola está utilizando para criar um ambiente de investimento ainda mais atraente no que diz respeito à produção de petróleo e gás, desenvolvimento de infraestrutura e monetização”, afirma o artigo.
Um bom exemplo desse esforço ocorreu em 2019, quando a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), órgão regulador do governo responsável pelas concessões de energia, introduziu uma nova série de rodadas de licenciamento com duração de seis anos. Essas rodadas abrangem 50 blocos nas bacias de Namibe e Benguela até 2025, com o objetivo de reverter o declínio da produção.
Além disso, Angola está investindo em infraestrutura energética, como novas refinarias e o Terminal Oceânico da Barra do Dande, que aumentará a capacidade regional de abastecimento e importação/exportação de produtos petrolíferos. Outra importante infraestrutura é o Corredor do Lobito, cuja rota facilitará as exportações de petróleo de Angola para a Zâmbia e a República Democrática do Congo.
Embora o petróleo continue a desempenhar um papel importante na economia de Angola, o país reconhece a necessidade de diversificação e descarbonização, investindo em suas vastas reservas comprovadas de gás natural, bem como em energias renováveis, como a energia hidroelétrica.
“Aplaudimos os líderes angolanos por sua visão, trabalho árduo e pensamento inovador. Estamos entusiasmados com os frutos que suas ações estratégicas têm gerado e somos otimistas em ver esses cenários replicados em todo o continente africano, à medida que outros países africanos seguem o exemplo de Angola”, afirmou Tomás C. Gerbasio, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Câmara Africana de Energia.
Preço do petróleo Brent atinge US$ 75,19
O barril de petróleo Brent, referência para as exportações angolanas, fechou o dia a US$ 75,19. Isso representa uma valorização de 0,68% em relação ao dia anterior.
Durante o mês de junho, as entregas para agosto registraram um preço máximo de US$ 78,73 e um mínimo de US$ 71,57. A média do barril foi de US$ 74,98, com uma diferença de US$ 7,16 entre o valor mais alto e o mais baixo. Espera-se que julho seja um mês de melhor desempenho para o petróleo.