Investidor destina 35 milhões de euros para capacitação de agrônomos
O governo angolano lançou, na última quinta-feira, o Projeto de Apoio à Formação Agrícola e Rural (PAFAR) na província do Bié. O principal objetivo desse projeto é capacitar técnicos agrícolas de nível médio que, no futuro, irão fortalecer a segurança alimentar do país.
O secretário de Estado para o Ensino Secundário, Gildo Matias José, representando o governo angolano, lançou o projeto no Instituto Técnico Agrário do Andulo, na província do Bié. Em entrevista ao Jornal de Angola, ele afirmou que essa iniciativa, financiada pela Agência Francesa para o Desenvolvimento (AFD), trará mais dinamismo ao desenvolvimento da agricultura na região do Bié. Na última safra, a província colheu mais de mil toneladas de alimentos diversos, sendo cerca de 650 toneladas de grãos de diferentes espécies.
O projeto, com um orçamento de 35 milhões de euros totalmente financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento, foi lançado em junho na província da Huíla pela ministra da Educação, Luísa Grilo. Ele resulta de um acordo assinado em 2018, em Paris, entre os presidentes João Lourenço e Emmanuel Macron, com o objetivo de fortalecer a formação de especialistas nas áreas agrícola e rural, em resposta aos desafios da diversificação econômica iniciada pelo governo angolano nesse setor.
Dentre os diversos objetivos a serem alcançados, conforme assegurou Gildo Matias José, o projeto contribuirá para reduzir a insegurança alimentar, proporcionando melhores condições de funcionamento aos Institutos Técnicos Agrários do país. Será oferecida uma formação de qualidade, mais adequada à vocação agrícola e rural das regiões abrangidas, com duração de cinco anos e abrangendo mais de 3.500 alunos formados nesses institutos.
“O projeto permitirá que os profissionais formados nesses institutos técnicos agrários tenham melhores oportunidades de inserção no mercado de trabalho, seja como empreendedores ou como empregados”, afirmou Gildo Matias José.
Ele acrescentou que outro grande objetivo do projeto é impactar de forma significativa o setor agrícola, especialmente a agricultura familiar, as cooperativas e as empresas agrícolas, para alcançar de maneira efetiva os resultados almejados pelo governo angolano.