Governador do BNA Compromete-se a Fortalecer o Kwanza

Manuel António Dias, governador do Banco Nacional de Angola (BNA), apelou, na segunda-feira, na cidade de Menongue, província do Cuando Cubango, para uma união de esforços dos agentes económicos nacionais com o objetivo de fortificar a moeda nacional, tornando o kwanza ‘cada vez mais forte e capaz de atender às necessidades das populações’.

Em declarações à imprensa, após uma visita de algumas horas a Menongue, Dias enfatizou que o BNA está empenhado em preservar o valor do kwanza, com o intuito de garantir a estabilidade dos preços dos produtos na economia nacional. Ele sublinhou a necessidade de trabalhar continuamente para reduzir os níveis de inflação.

O governador defendeu a ideia de que a estabilidade dos preços na economia angolana está intrinsecamente ligada à produção local de bens e serviços. Ele afirmou que o BNA abraça todas as iniciativas que visam incrementar a produção nacional, especialmente no setor alimentar.

Dias recordou que o kwanza, desde a sua introdução, passou por altos e baixos, mas continua a ser a moeda de poder liberatório em Angola. ‘Apesar dos momentos difíceis, o país mantém o kwanza como a moeda nacional’, concluiu.

Expansão de Agências Bancárias

O governador do BNA também mencionou a orientação do Banco aos comerciais para abrirem agências em todo o país, com ênfase no Cuando Cubango, que atualmente possui representações bancárias em apenas cinco dos seus nove municípios.

Ele anunciou que, em breve, o BNA e os bancos comerciais realizarão uma avaliação dos serviços prestados pelas agências e correspondentes bancários, com o objetivo de assegurar que estes estejam alinhados com as expectativas geradas pela expansão dos serviços bancários em todo o território nacional.

Manuel António Dias destacou a importância da expansão dos serviços bancários, considerando-a fundamental para uma maior integração da população ao sistema bancário. Ele observou que os níveis de literacia financeira e bancarização no país estão em torno de 30%, um número que pode ser melhorado com uma maior inclusão financeira.

Durante sua breve visita a Menongue, Dias inspecionou os trabalhos em andamento na Delegação Regional do BNA na província.

Falta de Serviços Bancários

José Martins, governador do Cuando Cubango, expressou sua preocupação com a escassez de serviços bancários em toda a província. Ele citou que o Banco de Poupança e Crédito (BPC) lidera em número de agências e representações, mas está presente em apenas quatro dos nove municípios da região.

Martins salientou os transtornos causados pela falta de representações bancárias, forçando a população a percorrer longas distâncias para transações financeiras. Ele destacou as dificuldades enfrentadas pelos funcionários públicos em áreas sem agências bancárias e os custos adicionais incorridos para receber salários na cidade de Menongue.

Ele apelou a Manuel António Dias para continuar trabalhando com os bancos comerciais a fim de cumprir as diretrizes para a expansão dos serviços bancários em todo o território nacional, visando confortar a população e aumentar o poder de compra.

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