Supermercados destacam a valorização dos produtos “Fabricado em Angola”
Mariana Ferreira
Redatora
Grandes redes de supermercados manifestaram-se, na última segunda-feira, em uma reunião com o Subsecretário da Economia, Ivan dos Santos, em Luanda, com uma determinada ênfase no estímulo e venda de produtos “Fabricado em Angola”, visando fortalecer a produção interna.
Dentro das iniciativas para incentivar medidas econômicas, especialmente focando no programa de Compras Públicas para Empresas que adotam o selo “Fabricado em Angola”, o encontro contou com líderes de grandes empresas, como Casa Nova, Angoalissar, Noble Group, Candando, Maxi, Kero, e Alimenta Angola, além de outros atores significativos no mercado atacadista e varejista.
Ronaldo Oliveira, diretor-executivo da Alimenta Angola, expressou seu contínuo comprometimento em apoiar a campanha governamental. Para ele, o selo “Fabricado em Angola” já está intrinsecamente ligado à missão da empresa, garantindo produtos a valores mais acessíveis. Oliveira mencionou que metade dos mais de cinco mil produtos oferecidos em seus estabelecimentos são de origem angolana.
Com cinco estabelecimentos em Luanda e com planos de expansão para outras regiões do país, Alimenta Angola visa fortalecer as parcerias com pequenos e médios produtores, solucionando os desafios logísticos de distribuição.
Daniel dos Santos, diretor de Compras da Shoprite, enalteceu a iniciativa “Fabricado em Angola”, destacando que cerca de 70% dos produtos ofertados nas lojas são de origem nacional. Ele enfatizou o comprometimento da rede, considerada a maior em África, em manter-se como um aliado estratégico do governo, usando a experiência acumulada na África do Sul.
Joana Fonseca, representando Angoalissar e Grupo Ebecor, enfatizou o investimento na produção nacional, salientando o desafio burocrático que ainda persiste para a obtenção do selo.
A Casa Nova, conforme partilhado pelo presidente Amin Herji, também aderiu ao programa. Herji salientou o foco da empresa em expandir seus horizontes, mirando no mercado de exportações.
Embora progressos tenham sido feitos em infraestrutura, ainda há desafios a serem superados, como melhorias em energia e telecomunicações para incrementar a competitividade dos produtores locais.
O INAPEM registou um aumento no número de produtos com o selo “Fabricado em Angola”. Ivan dos Santos, na sua intervenção, enfatizou a necessidade de dar mais visibilidade ao selo, incentivando os produtores nacionais a ampliarem sua escala de produção. Ele destacou a crescente população de Angola, sublinhando a necessidade de aumentar a produção nacional para atender à demanda crescente.
