Angola mantém-se alinhada com as metas da Zona de Livre Comércio em África.

Na quinta-feira, o Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Custódio Vieira Lopes, afirmou em Luanda que Angola segue em conformidade com as metas da Zona de Livre Comércio em África, através da agenda política nacional liderada pelo Presidente da República, João Lourenço.

Durante a celebração em honra ao Dia 25 de Maio, sob o lema “Impulsionando a Implementação do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental”, Domingos Custódio Vieira Lopes, em representação do Ministro das Relações Exteriores, Téte António, ressaltou a importância da indústria e do aumento da produção nacional por meio de planos prioritários, incluindo investimentos em infraestruturas energéticas e de apoio ao comércio, como a construção e reabilitação de estradas, ferrovias e aeroportos, com o objetivo de melhorar a circulação de pessoas e mercadorias.

Nesse contexto, Domingos Custódio Vieira Lopes enfatizou o firme desejo do comércio livre africano de impulsionar os negócios intra-africanos, criando oportunidades significativas para o setor privado, especialmente para pequenas e médias empresas lideradas por mulheres e jovens empreendedores africanos.

No entanto, ele ressaltou a necessidade de uma forte colaboração entre todos os órgãos e agências especializadas da União Africana (UA) e das comunidades econômicas regionais, a fim de impulsionar as instituições financeiras para o desenvolvimento africano.

“A Zona de Comércio Livre Continental Africana é um instrumento a ser utilizado pela União Africana para beneficiar África e enfrentar adequadamente os desafios que nosso continente enfrenta”, destacou o Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas.

Durante o evento, Domingos Custódio Vieira Lopes lamentou as divergências entre países no continente, expressando o desejo de que os conflitos sejam resolvidos para proporcionar novas perspectivas de vida à população.

Josefa Sacko, comissária da União Africana (UA) para Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, enfatizou que a plataforma do comércio livre africano é um instrumento de cooperação que permite aos países africanos resolverem seus próprios desafios comerciais.

“Estamos satisfeitos, pois não podemos trabalhar isoladamente hoje. Devemos trabalhar juntos para alcançar nossa Agenda 2063, que tem como principal objetivo impulsionar o crescimento econômico do continente africano”, afirmou.

A diplomata, que discursou na celebração em homenagem ao Dia 25 de Maio e à aceleração da implementação do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental, destacou que, desde 1990, muitas transformações ocorreram, com o desaparecimento de algumas organizações, mas as organizações africanas continuaram a existir, mesmo diante de dificuldades financeiras. Segundo Josefa Correia Sacko, isso demonstra uma forte vontade política na região.

A representante angolana na União Africana (UA) ressaltou que os desafios na África são enormes, mas podem ser superados se houver determinação.

Quanto ao comércio livre, o embaixador extraordinário do Gabão em Angola, Namb Wezet Guy, presente nas celebrações do Dia da África, afirmou que a Zona de Com

ércio Livre Africana permitirá enfrentar certos desafios enfrentados pelo continente, como a fraqueza do comércio intra-africano e a insegurança alimentar.

“Apesar dos progressos realizados, é importante reconhecer que ainda existem muitos obstáculos para a integração do continente africano nos grandes palcos. Esses obstáculos incluem questões de paz e segurança. Sabemos que a paz e a estabilidade são fatores importantes para o desenvolvimento do continente”, enfatizou.

Namb Wezet Guy destacou que a África possui muitos recursos naturais e talentos que podem enfrentar esses desafios, mas isso só será possível se os países permanecerem unidos e solidários.

Por fim, ele ressaltou que a criação da Organização da Unidade Africana (OUA), em 25 de Maio de 1963, em Addis Abeba, colocou a África em seu lugar de direito e no cenário internacional, com muitas conquistas, incluindo a completa libertação dos países do jugo colonial, o que possibilitou a emancipação dos territórios anteriormente dominados.

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