Programa de Apoio ao Crédito desembolsa 5,9 mil milhões

O total dos desembolsos do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), um instrumento institucional de financiamento activo desde 2021, ascende a 5,9 mil milhões de kwanzas em Benguela, onde foram financiados 128 de 168 projectos aprovados, soube, terça-feira, o Jornal de Angola, naquela cidade

O director nacional para a Economia e Fomento Empresarial do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), Manuel Quilende, considerou à nossa reportagem, num acto realizado para assinalar os 30 anos do Grupo Carrinho, que, com base nesses números,  Benguela afigura-se uma província com rumo económico, onde os programas institucionais estão a impulsionar a criação de emprego, fomento empresarial e empreendedorismo.

O PAC é um instrumento de financiamento público inserido no Programa de Apoio à Produção Nacional, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).

Em Benguela, notou Manuel Quilende, ocorre uma associação positiva entre o financiamento de iniciativa institucional, programas de requalificação das infra-estruturas rodoviárias pelo Governo Provincial e as acções em curso no Corredor do Lobito, o que vai viabilizar o escoamento da produção.

“É notável que está a ser feito em Benguela um grande esforço, tanto no sector público, como privado”, disse, apontando “o trabalho que o Governo Provincial de Benguela está a desenvolver para a mudança do rosto, sobretudo, da capital da província, esperando-se  que essa associação resulte na elevação das transacções comerciais, inclusive com a Zâmbia e a República Democrática do Congo.

O director nacional destacou uma multiplicação do interesse de investidores nacionais e estrangeiros em instalarem-se em Benguela, o que atribuiu ao potencial disponível na província.

 Projectos financiados

Projectos financiados ao abrigo do PAC e o Aviso 10 do BNA, de financiamento à produção nacional, são avaliados em deslocações de técnicos do MEP a todas as províncias do país, a partir desta semana, anunciou o director nacional para a Economia e Fomento Empresarial.

As deslocações iniciais são para Benguela, Huambo e Bié, visando constatar o grau de execução física e financeira da implementação dos projectos, com vista a analisar o impacto dos programas em termos socioeconómicos e de crescimento das próprias empresas.

“Vamos fazer uma radiografia do antes e do depois do desembolso dessas empresas, para, de facto, mensurarmos aquilo que é o impacto, para se ter, depois, a perspectiva de novos projectos na mesma vertente”, explicou.

 O director nacional valorizou a componente de criação de emprego desses projectos, apontando o exemplo do projecto avícola Clagema Lda, onde esteve durante a sua deslocação a Benguela, o qual beneficiou do financiamento e criou 14 postos de trabalho, com a promessa do promotor de ampliar a operação para admitir nove trabalhadores, elevando o número de empregos para 23.

A componente produtiva e transaccional também é significativa, já que a unidade produz seis mil ovos por dia (o projecto prevê produzir 60 mil por dia), com uma facturação de 510 mil kwanzas por esse mesmo período de tempo.

“É aceitável e satisfaz, porque o projecto obteve um financiamento de 40 milhões de kwanzas, já tem um grau de execução física e financeira a 100 por cento e tem dado mostra de sucesso, na medida em que a sua produção já está comprometida até Janeiro próximo”, declarou.

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