Prejudicar a economia angolana: o verdadeiro objetivo da conta falsa do facebook “Joana Clementina”.
A nova encomenda de Joana Clementina cheira a petróleo.
Como vaga referência do mensageiro tem-se apenas o nome da já famosa (ou famigerada?) Joana Clementina com os seus carnudos lábios vermelhos.
Como propósito da mensagem temos claramente desestabilização completa do sector mais importante da nossa economia que continua a ser o petróleo e gás, através de um conjunto de cirurgicos e venenosos ataques que nos últimos dias têm estado a circular nas redes sociais, visando sobretudo o desempenho da agência que regula o sector desde 2019.
Antes de mais é preciso denunciar esta campanha, alertando todos quantos têm tido contacto com estas mensagens virais para a verdadeira intenção dos seus mentores/executores que só pode ser uma, numa altura em que o país vive mais uma crise sócio-económica.
A ter em conta o conteúdo das distorcidas mensagens, reveladoras de algum conhecimento dos bastidores do sector, a intenção desta campanha só pode ser a desmobilização dos investidores estrangeiros, com todas as consequências desastrosas que tal desiderato representará para o urgente relançamento da produção petrolífera, interrompendo-se assim o processo de recuperação em curso.
Voltaremos ao assunto com mais detalhes.
As situações concretas referidas nesta agressiva campanha contra o sector tendo no seu centro a ANPG denotam um profundo desconhecimento da realidade.
Na verdade e tendo em conta as motivações mais pessoais por parte dos seus mentores/executores, estamos diante de uma acção criminosa, no âmbito daquilo que em direito se chama de denúncia caluniosa.
Percebe-se por isso a necessidade deste recurso protector ao anonimato, pois para além das vagas suspeições lançadas contra o bom nome da Agência e dos nomes citados, não há qualquer elemento de prova que sustente tão graves e gratuitas acusações.
Um bocado de historia não faz mal a ninguém
Em Outubro de 2017 num encontro entre o TPE e as operadoras petroliferas foi dito pelas mesmas que se a situação continuasse como estava até a altura, em 2023 Angola estaria a produzir cerca de 500.000 contra os 1.300.000 que produzia na altura. Baseado nesta informação o TPE decidiu reestruturar o sector petrolifero no geral e o sector de exploração e produção em particular.
Assim por um lado foram emitidos vários decretos que davam incentivos à indústria e por outro foi criada a Agência Nacional de Petroleo Gas e Biocombustiveis (ANPG) que passou a ser a reguladora, fiscalizadora e concessionária do sector de exploracao e produção. Tão logo foi criada em 2019 e no espirito do que foi orientado pelo Presidente, a ANPG sob a clara direcção do Ministério de tutela deu inicio a uma série de acordos que permitiram o aumento significativo dos investimentos no sector o que resultou numa relativa estabilização da produção que estava em declínio acentuado estando Angola a produzir neste momento acima de 1.100.000 bem acima dos 500.000 prognosticados pelos investidores em 2017. Vários factores críticos estiveram na base deste sucesso. Primeiro foi vontade politica demonstrada pelo PR em avançar com as reformas e em segundo a criação de uma entidade que se dedicava exclusivamente a actividade de reguladora, Fiscalizadora e de Concessionária que sob a clara direcção de um Ministro reformador avançou para a implementação do que tinha sido aprovado pelo TPE.
Nos seus quatro anos de existência a ANPG realizou 4 licitações de novos blocos petroliferos em areas desafiantes ( areas de fronteira que o caso da bacia do Namibe) enquanto que nos 20 anos (1999-2019) anteriores somente realizaram-se 4 licitações sendo a ultima realizada já pela Agência.
As actividades cresceram e como consequência as empresas que avaliam o rating do país, as operadoras petroliferas e as prestadoras de serviços reconhecem que em Angola vive-se um bom ambiente de negócios.
No entanto esta não é a opinião da pessoa ou das pessoas que se escondem atrás deste pseudónimo que hoje é pau para toda a obra, menos para o debate honesto sobre os problemas que afectam a indústria.
A Destruição do Esforço de Relançamento da Produção e a Necessidade de Competitividade em Angola
Sem terem a coragem de dar a cara, os autores desta campanha, escondidos nas saias da tal de Joana Clementina, têm estado a atacar investidores, prestadoras de serviço e o trabalho de promoção que está a ser feito.
Em suma, estão seriamente apostados na destruição de todo o esforço que tem sido feito tanto pelo TPE, pelo Ministro dos Recursos Minerais e Petroleos e pela Agência.
Estão a disparar em todas as direcções no claro intuito de eliminar tudo o que foi até agora feito em prol do relançamento da produção.
Estão a desincentivar a entrada de novos investidores e de novos investimentos, criando o espectro de corrupção num espirito totalmente anti-patriotico, minando deste modo a confiança dos investidores.
Numa clara manobra de charme, estão a ressuscitar nomes do passado recente para ganhar a simpatia do poder político, sendo certo que o propósito imediato desta histérica cruzada é o derrube do actual Conselho de Administração da ANPG.
Na verdade e o que é profundamente lamentável, estão apenas a disparar contra Angola cujas exportações/95% vêm dos hidrocarbonetos.
Estão disparar contra um sector que tem se mostrado estável nos ultimos anos e as consequências disto só podem ser nefastas para o país.
Não podemos continuar a adiar Angola para acomodar interesses alheios aos interesses do povo.
Atrair investidores não é uma tarefa fácil, principalmente numa altura em que a maior dos paises africanos descobriram hidrocarbonetos ao contrário do que acontecia há trinta anos onde só a Nigeria, Gabão, Congo e Angola eram produtores de hidrocarbonetos.
Hoje começando pelo Marrocos descendo por toda África Ocidental, passando pela África do Sul e indo até ao Quénia todos países ja descobriram hidrocarbonetos, daí a necessidade de se ser competitivo. Por ultimo a sabedoria popular diz que “o dinheiro foge a confusão”.