Sonangol inicia perfuração de petróleo na Bacia Terrestre do Kwanza

A Sonangol Pesquisa&Produção inicia, dentro de cinco dias, a exploração de petróleo e gás, no poço Tubias, do bloco da Bacia Terrestre do Kwanza (KON-11), localizada na comuna do Cabo Ledo, província de Luanda.

Neste momento, a sonda falta concluir cinco por cento dos trabalhos técnicos, para se avançar com actividade de perfuração de petróleo e gás, no poço Tubias, em que já foram concluídos 95%. O poço possui, entre 700 e 800 metros de profundidade, com um volume estimado de seis milhões de barris no seu reservatório.

Neste poço, a Sonangol é operador activo, com 30 por cento, da actividade de exploração, e tem como parceiros, a Brites (25 por cento), Simples Oil (20 por cento), Atlas Petroleum Exploration (20 por cento) e Omega (5 por cento).

Em declarações à imprensa, no final da visita, que serviu para constatar  a fase final da conclusão dos trabalhos técnicos, no poço Tubias, que contou igualmente com a presença do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, o presidente de Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, disse que a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola vai ser a primeira empresa de petróleos a iniciar os trabalhos de perfuração do primeiro poço, na zona da Bacia Terrestre do Kwanza, das concessões que foram licitadas recentemente pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANGP).

Para Sebastião Martins, o objectivo da sonda é perfurar o primeiro poço de petróleo em onshore que vai ser adicionado com a actual produção da Sonangol estimada em 200 mil barris/dia.

Sem avançar o valor de investimento, o PCA da Sonangol disse que, numa primeira fase, vão decorrer trabalhos de perfuração, para depois avançar-se com a exploração de petróleo.

“Vamos, primeiro, fazer a perfuração do poço, para depois definirmos os montantes de investimento. Tão-logo seja concluída a operação, e se os resultados forem positivos, iremos colocar esta produção para alimentar a Refinaria de Luanda”, disse.

Segundo Sebastião Martins, para além deste poço, a petrolífera angolana está a preparar outro poço, que se encontra na mesma Bacia. “O nosso objectivo é aumentar a perfuração de mais poços e termos todo o campo coberto e a produzir petróleo”, referiu.

Apontou que a perfuração de petróleo na Bacia Terrestre do Kwanza, representa a contribuição da Sonangol em relançar a operação de produção em onshore. “Esperamos dinamizar e mobilizar um maior volume de trabalho em outras operações que podem cativar outras companhias, depois de arrancarmos com a nossa perfuração”, notou.

“Prevemos licitar mais  de 50 blocos”

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que todas as condições estão criadas para que os trabalhos de perfuração de petróleo no poço Tubias arranquem sem sobressaltos.

” Vamos esperar que este trabalho decorra com êxito e que se encontre petróleo suficiente, em quantidade e qualidade, que permita o desenvolvimento. Caso tenhamos sucesso nessa perfuração, iremos ter mais um contributo no aumento dos níveis de produção de petróleo no país, avaliado em 1,1 milhões de barris/dia”, disse, destacando que, o pelouro que dirige continua a trabalhar na procura de petróleo em offshore e onshore. “Tudo estamos a fazer para desenvolvermos áreas, onde já fizemos descobertas”, disse.

O ministro referiu que o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás tem estado a receber solicitações de empresas que querem desenvolver actividade petrolífera no país.

“Temos recebido solicitações, não só de operadoras, mas também, de parceiros financeiros. Por isso, vamos promover mais uma licitação de 12 blocos. Temos uma estratégia de licitação de blocos até 2025. Durante este período, prevemos licitar mais de 50 blocos”, destacou.

Indicou que, para os próximos cinco anos, a meta do Executivo é contribuir para Angola ter uma produção estável que possa contribuir para a melhoria do bem-estar social da população.

Cabo Ledo ganha com a exploração

A administradora comunal de Cabo Ledo, Clementina Palma, disse que com o início da actividade de perfuração e exploração de petróleo e gás, no poço Tubias, na Bacia Terrestre do Kwanza (KON-11), a  comuna vai beneficiar de acções sociais que irão contribuir para a melhoria do bem-estar da população local.

“Estamos alegres com o início dos trabalhos de perfuração na comuna do Cabo Ledo. Esta acção vai permitir contribuir para o desenvolvimento económico e social da localidade, a melhoria da construção de escolas, postos de saúde, apoios de inputs agrícolas e outras acções sociais a favor das populações”, disse. Segundo a administradora Clementina Palma, a presença de empresas petrolíferas vai contribuir para o aumento de emprego no seio dos jovens locais. “A Sonangol, como operadora, e os seus parceiros, esperamos que contribuam para o crescimento e desenvolvimento da comuna. Esperamos, também, mais investimentos, como estes, que beneficiem a economia do país”, referiu.

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