Turismo Emergindo como Pilar Económico em Angola

O turismo está a ser reconhecido como um setor de potencial substancial em Angola, podendo, segundo Nelson Kabenda, director-adjunto do Instituto Nacional de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR), rivalizar com a indústria do petróleo do país em termos de geração de receita e impulso ao desenvolvimento económico.

Durante uma entrevista recente, Kabenda destacou a importância do turismo como um “vector privilegiado para a redução da pobreza” e como um motor para o crescimento económico. Afirmou que o setor poderia servir como uma “fonte de riqueza na diversificação da economia” e como uma plataforma para um crescimento económico rápido, beneficiando-se do ambiente de paz que Angola tem vivido nos últimos 21 anos.

Embora o desenvolvimento turístico de Angola esteja ainda na sua infância, com oportunidades limitadas, particularmente nas províncias, Kabenda está otimista quanto à capacidade do país de transformar o turismo num setor estratégico. Ele vê isso como uma maneira de impulsionar o desenvolvimento económico e social enquanto protege e valoriza os recursos ambientais.

A visão de Kabenda para o turismo em Angola é ambiciosa, com o objetivo de colocar o país entre os dez principais destinos turísticos em África. A meta é que o turismo contribua com até 7% do Produto Interno Bruto (PIB) de Angola até 2030, um objetivo que ele acredita ser alcançável com investimentos adequados e políticas bem direcionadas.

No entanto, o progresso do setor turístico pode ser impedido pela infraestrutura inadequada, como destacado pelos turistas António Alberto, Paulo Gamba e Iracelma Madalena durante uma sessão de perguntas e respostas. Eles expressaram preocupações com a degradação das vias de acesso a pontos turísticos notáveis e pediram ações para melhorar a acessibilidade e dinamizar o turismo.

Outra preocupação levantada foi a política de vistos para turistas estrangeiros e a reciprocidade para os cidadãos angolanos viajando para o exterior. Esses fatores são cruciais para estimular o fluxo turístico e maximizar o potencial do setor.

O administrador da Aldeia Camela Amões, Armando Cachitoto, aproveitou a ocasião para promover a região do Planalto Central como um destino turístico desejável, convidando excursionistas a explorar a área.

O turismo, com gestão adequada e investimento contínuo, tem o potencial de tornar-se um pilar vital na economia de Angola, oferecendo não apenas um aumento na geração de receita, mas também na criação de empregos, especialmente para os jovens, combatendo assim o desemprego entre essa demografia crucial.

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