Recuperação dos Preços do Petróleo no Mercado Internacional Após Três Semanas de Queda

Após um período de três semanas marcado por quedas, os preços do petróleo começam a mostrar sinais de recuperação no mercado mundial. Contudo, essa retomada ainda não encontrou um impulso significativo, mesmo com o fortalecimento dos fundamentos do mercado.

Na negociação intradiária de sexta-feira, às 14h ET, o petróleo Brent para entrega em dezembro registrou uma queda de 1,8%, sendo negociado a 88,49 dólares por barril. De forma similar, o contrato WTI para dezembro também apresentou uma redução, chegando a 83,88 dólares por barril.

Na última semana, o Brent teve uma desvalorização de 7%, enquanto o WTI registrou uma queda de 4,8%, refletindo as preocupações com a economia global e a demanda por energia.

Os preços do petróleo têm vivenciado altos e baixos nos últimos meses, com os fatores negativos frequentemente ofuscando os positivos, e vice-versa.

Recentemente, as tensões entre Israel e o Hamas, e a possibilidade de envolvimento do Irã e seus aliados na região, trouxeram suporte aos preços do petróleo. No entanto, os Estados Unidos e outros países têm pressionado Israel a postergar uma invasão total de Gaza, o que tem sido atendido até o momento.

Paralelamente, a oferta global de petróleo tem sofrido uma diminuição, mesmo com a produção recorde de xisto nos Estados Unidos.

Os últimos dados semanais da Administração de Informação sobre Energia (EIA) dos EUA apresentaram um cenário otimista. Os estoques de petróleo bruto diminuíram 4,49 milhões de barris, chegando a 419,75 milhões de barris, levando o déficit para abaixo da média dos últimos cinco anos, situando-se em 20,91 milhões de barris.

No centro de preços do WTI em Cushing, Oklahoma, os estoques de petróleo bruto caíram 0,76 milhão de barris, atingindo 21,01 milhões de barris, o menor nível em nove anos. Já os estoques de gasolina reduziram 2,37 milhões de barris, para 223,90 milhões de barris, diminuindo o excedente acima da média dos últimos cinco anos para apenas 0,40 milhão de barris.

A demanda implícita mostrou uma melhora significativa em termos mensais. A demanda total aumentou 2.231 mil barris por dia, alcançando 21.897 mil barris por dia, e a demanda por gasolina subiu 362 mil barris por dia, para 8.943 mil barris por dia.

Até outubro, a demanda por gasolina era de 8.792 mil barris por dia, representando uma contração anual de apenas 0,2%, um cenário bem mais positivo em comparação ao declínio de 5,6% registrado em setembro.

No acumulado do ano, a demanda por gasolina está 0,4% maior, mostrando uma recuperação gradual e constante.

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