China e Angola planejam expedição comercial e fórum de negócios

A Câmara de Comércio Angola-China está colaborando com o Ministério da Economia e Planeamento para os últimos detalhes visando a participação de um número considerável de empresários angolanos na terceira edição da Expedição China-África, que ocorrerá de 29 de junho a 2 de julho na cidade de Xande, província de Wuhan, na China.

Segundo o presidente da Câmara de Comércio Angola-China, Luís Cupenãla, a participação de Angola no evento visa promover as vantagens comparativas do país, com o objetivo de estabelecer parcerias e atrair investimentos estrangeiros para a concretização do maior programa do governo, especialmente no período de 2022 a 2027, em conformidade com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN).

Luís Cupenãla também informou que o governo angolano, por meio do Ministério da Economia e Planeamento e da Embaixada da China no país, está envolvido na preparação do programa de celebrações dos 40 anos de relações entre os dois países (iniciadas em 1983), em colaboração com a Câmara de Comércio e a Associação Comercial dos Chineses Residentes em Angola.

De acordo com Luís Cupenãla, o evento terá como ponto alto a realização do Fórum de Negócios Angola-China, previsto para o final de julho, quando uma delegação composta por empresários e líderes empresariais interagirá com seus homólogos chineses para revisar a estratégia de cooperação.

“Este fórum tem um caráter político, econômico e social, pois representa a celebração dos 40 anos e o início de uma nova era”, detalhou Luís Cupenãla. E acrescentou: “A avaliação dos benefícios da cooperação ao longo de 40 anos é importante para redesenhar a cooperação. Angola apresentará globalmente suas capacidades e recursos, que representam oportunidades reais, enquanto a China terá abertura para investimentos privados”.

Luís Cupenãla enfatizou que o governo angolano não está mais focado em obter financiamentos, mas sim em mobilizar investimentos privados para fortalecer e tornar a economia cada vez mais sustentável. Por esse motivo, “a Câmara e o Ministério da Indústria e Comércio estão preparando os empresários para participarem da terceira edição da Expedição Comercial China-África, que ocorrerá em Wuhan, cidade de Xande, onde vários países africanos apresentarão suas capacidades e recursos para atrair investimentos estrangeiros”.

Parceria impulsiona diversificação da economia

O presidente da Câmara de Comércio enfatizou a necessidade de os angolanos compreenderem a força, sagacidade e visão dos chineses para otimizar as matérias-primas e aproveitar os recursos que o país oferece, deixando de ser potencialmente rico. Em sua opinião, os recursos precisam ser explorados e transformados em bens e serviços para a prosperidade dos angolanos.

Os 40 anos, segundo ele, representam um marco histórico importante, “

pois refletem maturidade e conferem a capacidade de interpretar o que queremos, já que uma pessoa que atinge os 40 anos e não sabe o que quer não possui visão”.

“Temos um projeto comum de cooperação vantajosa para ambos os lados, que é muito maior do que nossas pequenas diferenças”, continuou.

A Câmara conta com cerca de 100 empresas individuais, incluindo pequenas, médias e grandes empresas. “Não são empresas chinesas, mas empresas de direito angolano com capital chinês, que foram estabelecidas de acordo com a legislação angolana, pagam impostos e obedecem rigorosamente aos regulamentos jurídicos de Angola”, disse o presidente da Câmara.

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